Preservar a história e a memória da trajetória do ser humano sempre foi um grande desafio. Os museus exercem um significado extremamente relevante na missão de conservar objetos significativos para a sociedade. Muitos remetem que são apenas lembranças do passado, quando na verdade são muito mais que isso, são a representatividade do avanço cultural.
Em meio a pandemia as portas dos museus da fronteira oeste ficaram fechadas, mas com os novos decretos disponibilizados, alguns municípios irão reabrir seus museus nesta terça-feira 18/5.
O município de Alegrete possui três museus públicos: o Museu de Arte de Alegrete José Pinto Bicca de Medeiros fundado em 1985, (o local proporciona o acesso à arte e a cultura, bem como possibilidades didáticas, tanto nas áreas de artes, como arquitetura e história), Museu do Gaúcho inaugurado em 2004 (há objetos relacionados à cultura gaúcha, como vestimentas, móveis e utensílios, bem como peças históricas de temática diversa, como materiais clínicos) e o Museu Oswaldo Aranha, fundado em 1984 (o local relata importantes períodos da história do Brasil e do Rio Grande do Sul. Nele, há objetos raros como medalhas, armas e objetos pessoais do político, diplomata e advogado Oswaldo Aranha).
Para a Semana dos Museus de 2021, que acontece do dia 17 ao 23 de maio, a Prefeitura de Alegrete, através da Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer preparou atividades que respeitem as normas de distanciamento social e medidas de prevenção ao Covis-19. Esta semana o Centro Administrativo Municipal recebe a exposição realizada pelo Museu Oswaldo Aranha sobre a obra Iconografia de Basílio Ribeiro, filho do 1º Ministro da Agricultura do Brasil Demétrio Nunes Ribeiro. Entre as atividades também realiza uma série de oficinas literárias com a Professora Iolanda Cunha através de lives na página no Facebook da Prefeitura de Alegrete.
Em São Gabriel há dois museus, Museu Gaúcho da Força Expedicionária Brasileira (FEB), com acervo da segunda guerra mundial e o Museu Nossa Senhora do Rosário Bom Fim(Museu da Igreja do Galo), com acervo de peças religiosas e também documentos, fotos e relíquias da história de São Gabriel.
O Museu da FEB, instalado em São Gabriel em 1991 pela Associação Nacional de Veteranos da FEB e mantido pela prefeitura, funciona na antiga Estação Férrea da cidade, na Praça Carlos Pereira, e contém material da vivência dos “pracinhas” brasileiros na Grande Guerra, sob a liderança do Marechal Joao Baptista Mascarenhas de Moraes.
O município de Uruguaiana conta com o Centro Cultural Dr. Pedro Marini, onde estão instalados dois museus: o Crioulo e o Zequinha Guimarães. O Museu Crioulo, o primeiro criado no RS com essa temática e tem como destaque indumentárias e peças gauchescas. O Museu Zequinha Guimarães conta com um acervo de montaria do arquivo pessoal, doado pela família ao Município.
No Museu do Rio Uruguai, encontramos materiais com a temática de rio e pesca, como barcos, boias, âncoras, animais empalhados e painéis com detalhes históricos e fotográficos, redes, pedras e lanças indígenas, uniformes de marinheiros, sino de bordo, além de pequenas embarcações.
O Museu Histórico Raul Vurlod Pont, que fica localizado na Casa de Cultura João Fagundes, conta com oito salas: dos Sesmeiros, Farroupilha, do Negro, da Velha República, Charrua, Jesuítica, dos Imigrantes e do poeta Luiz de Miranda. No local estão expostas armas, uniformes, estátuas sacras, moedas, fotos, peças em pedra e porcelana, bandeiras, biografias resumidas de personalidades históricas e acervo que pertenceu ao Marechal Setembrino de Carvalho, General Bento Martins de Menezes. Também, entre os objetos históricos, o lenço farroupilha de Bento Martins; a batina do 1º. Bispo de Uruguaiana, D. Hermeto José Pinheiro.
Em anexo a Biblioteca Municipal Luiz Guilherme do Prado Veppo está instalado o Arquivo Histórico Municipal que é composto de documentos iconográficos, textuais, jornalísticos e também os gerados de conteúdos próprios e de doações da população que, entendendo a importância da preservação, depositam seu material histórico para a guarda, os documentos mais antigos são datados desde meados de 1820.
